sábado, 25 de agosto de 2007

O caminho das sombras

Andava por um caminho, mas algo me deixava confuso. “Se era o melhor caminho, porque estava tão sombrio?”
Encontrei pessoas que diziam ser felizes, mas viviam inquietas quanto ao futuro, aos bens materiais, aos problemas do lar. Mas quando reparavam que alguém as observava, mudavam o discurso e novamente sorriam e cantavam, como se nada lhes incomodasse.
Alguns ficavam sentados à beira do caminho. Não saíam dali. Não ajudavam os que tropeçavam, não mostravam a direção para ninguém. Apenas criticavam os viajantes. Descobri que haviam se cansado da longa caminhada ou que haviam se decepcionado com alguém que lhes mostrou um difícil caminho a percorrer, mas que pegavam carona com os mais ingênuos para não se esforçarem. Decepcionados, desistiram de caminhar, esperando ver o que aconteceria.
Alguns caminhavam sem ter a mínima idéia de onde chegariam. Acreditavam que receberiam um recompensa ao final da caminhada. E como não tinham nada a perder, seguiam caminhando...
Mas havia algumas pessoas sinistras espalhadas pelo caminho. Carregavam placas indicando atalhos para os mais apressados. Diziam poder chegar ao final sem ter que enfrentar as estradas esburacadas e cheias de pedras. Bastava apenas pagar uma pequena taxa que logo chegariam ao destino. Muitos entravam nesses atalhos, e, depois de muito caminhar, viam que estavam novamente no início da estrada. Decepcionados, muitos abandonavam a estrada e outros se ajuntavam aos que estavam sentados à beira do caminho.
Apenas alguns poucos prosseguiam firmes no caminho. Tentavam levantar os que estavam sentados e alertavam os portadores dos cartazes para que parassem de enganar os outros. Apesar de serem criticados pelos dois grupos, não desistiam. Continuavam no caminho, mesmo que este estivesse cheio de sombras sinistras, pois tinham certeza de que, no fim da jornada, encontrariam Aquele que os havia chamado para o Seu caminho.

sábado, 18 de agosto de 2007

A ovelha de Urias

(Para entender o texto abaixo, leia II Samuel capítulos 11 e 12)
Davi cobiçou a ovelha de Urias.
Apesar de ser rico, poderoso e poder comprar qualquer ovelha que quisesse, tomou a única ovelhinha de um soldado fiel, sem se importar com seus sentimentos, com sua luta para cuidar dela.
Da mesma forma como Davi, muitos hoje cobiçam o que é dos outros. Vivem dizendo:
- Queria ter uma casa como a do fulano.
- Queria que meu (minha) esposo (a) fosse como fulano (a).
- Queria ter um emprego como o dele.
- Queria que meus filhos fossem como os daquela pessoa.
- Queria ter a beleza da minha amiga.
- Queria...queria...queria...
Quanta cobiça com relação ao que é dos outros. Nunca se está feliz com o que é nem com o que tem.
E os pobres “Urias” vão tendo suas ovelhas roubadas por aqueles que não se satisfazem com as deles.
Urias perdeu sua única ovelha.
Seu problema foi que ele quis dar mais atenção para o rei do que para ela. Pensou que o trabalho era tudo. Esqueceu-se de pastorear sua ovelhinha, cuidar dela, dar-lhe carinho, afeto, amor.
Como você tem cuidado das suas ovelhinhas?
Tem lhes dado amor, tempo, atenção?
Tem parado para escutar seus problemas, suas crises, seus anseios, ou tem estado tão ocupado com o trabalho, com os estudos e consigo mesmo que não tem tido tempo para olhar para as carências dela?
Não se esqueça de que, se tem uma ovelha, tem que cuidar dela para que não seja tomada por nenhum lobo devorador.
Urias teve sua ovelha roubada, mas também a roubou. Roubou dela o direito de estar ao seu lado, de conviver com ele. E ela, sentindo-se atraída por alguém que lhe ofereceu o que não tinha, acabou sendo iludida, roubada e sacrificada.
Davi cobiçou algo que não era dele.
Urias não cuidou do que era seu.
E você, de que lado está?

Carinho

Carinho nada mais é do que o amor demonstrado em atitudes.
Há muitas formas de se demonstrar carinho:
- Sorrindo
- Afagando
- Beijando
- Dando colo
- Segurando a mão
- Piscando
- Acenando
- Falando coisas boas
- Incentivando
- Corrigindo
- Oferecendo ajuda
- Dando um telefonema ou mandando um e-mail.
O carinho não custa nada, mas é de grande valor. Pequenos gestos produzem grandes frutos. É bom para quem o dá e melhor ainda para quem o recebe. Tem o poder de levantar o que está caído, fortalecer o fraco, animar o abatido e alegrar o triste.
O carinho não pode ser fingido. Quando é assim, ele não passa de gestos sem valor. Mas quando é feito com amor, faz com que o coração do outro bata mais forte, como se tivesse sido atingido por uma corrente elétrica que transforma tudo ao redor.
Você que viver num mundo melhor? Ofereça carinho, mesmo que venha a ser mal interpretado. Uma expressão de carinho pode ser o que falta para Deus transformar uma vida. Por isso, faça o que sente, buscando o bem do próximo, pois há muitas pessoas perto de você esperando apenas um pequeno gesto de carinho para encontrar sentido para sua vida.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Amor de pai

Não é fácil ser pai. Ainda mais quando se ouve tanto falar das mães. Elas são destacadas pelo amor, carinho, dedicação e renúncia. Sobra pouco para falar do pai, mas isso não tira sua importância, pois em nada ele fica devendo para a mãe. A questão é que o amor de pai é diferente.
O amor do pai é mais racional. Isso não significa que não haja emoção. O pai procura analisar as situações mais com a mente que com o coração. Não fica ansioso diante das crises, mas procura resolvê-las com lógica e paciência.
O amor do pai é seguro, firme. É mais fácil para ele entender que o filho precisa de uma correção, de uma disciplina. E, quando tem que disciplinar ele o faz buscando o bem do filho, mesmo que isso lhe doa no coração.
O amor do pai não é tão meloso. Alguns pais têm dificuldade para abraçar, beijar e elogiar os filhos, pois ainda nutrem em seus corações a imagem de que o homem tem que ser frio, não demonstrando o que sente. Mas todo pai se emociona e fica meio bobo ao receber um gesto de carinho do filho, mesmo que esconda isso deles.
O amor do pai não é tão falado. Ele prefere demonstrá-lo ao dar sustento, segurança e respeito aos filhos. Ele não entende que pode e deve fazer tudo isso acompanhado de um “eu amo você”, o que faz com que os filhos fiquem ainda mais seguros.
O amor do pai é um amor abnegado. Ele abre mão do que precisa para dar o melhor para os filhos, não permitindo que nada lhes falte. E ele não faz isso por constrangimento ou obrigação, mas sim, com satisfação, tendo como recompensa a alegria dos que ama.
O amor do pai é assim. Mas infelizmente, alguns pais não sabem amar. Esses são apenas meio homens. Sobrevivem, não vivem, pois não entendem que a vida só tem sentido quando se ama de coração.
Para você que é pai, desejo-lhe um Feliz Dia dos Pais. E para você que é filho (a), desejo que entenda um pouco mais sobre o amor paterno.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Quando a tempestade passa...

Ninguém está livre das tempestades da vida. Em algum momento você pode ser atingido por elas. Algumas tempestades vêm repentinamente, sem que se espere por ela. Mas outras são precedidas por vários avisos, que nem sempre são levados em conta.
Quando as tempestades passam, elas revelam várias coisas que dificilmente seriam descobertas sem sua ação. A primeira é a estrutura das pessoas. É comum a tempestade derrubar árvores frondosas, mostrando que, apesar de grandes e bonitas, não tinham raízes profundas ou estavam com o tronco podre. Da mesma forma, na vida, só resistem às tempestades aqueles que têm bases sólidas, edificadas sobre o amor, o respeito e o temor a Deus. Já os que vivem só da aparência ficarão prostrados após as crises.
Outra coisa que as tempestades mostram é o poder de restauração. As tempestades arrancam galhos das árvores, mas após algum tempo eles dão lugar a outros galhos novos e mais fortes. Assim é na vida. As tempestades arrancam coisas velhas e, em seu lugar, Deus faz o milagre da renovação, fazendo com que a vida fique mais forte e bonita.
Por fim, as tempestades ensinam que elas não duram para sempre. Quando elas passam, o sol brilha mais forte, o ar fica mais leve e a natureza se renova. Quando você supera as tempestades, consegue ver que elas trouxeram novas oportunidades para solidificar a vida, restaurar princípios esquecidos e enfraquecidos e renovar a esperança de um futuro melhor. Por isso, se você esta passando pelas tempestades, não se desespere, mas confie que elas podem ajudá-lo a ser firmar, não na sua própria força, mas sim, na do Deus que usa todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Romanos 8:26).

Você não está sozinho!

Quantas vezes você já andou sozinho, sem saber qual direção deveria tomar? É um caminho sombrio, sem testemunhas de suas lágrimas, de seus fracassos, dos seus medos e de sua dor. Você só consegue olhar para o chão, nunca para o horizonte.
No caminho de dor, muitas vezes você pensa em desistir de tudo. Chega a pensar que a morte é a melhor solução para sua vida. Nessas horas, as ruas parecem desertas e os únicos rostos que vê parecem criticá-lo e condená-lo, como se todos ao seu redor estejam contra você. As únicas vozes que ouve são daqueles que insistem em dizer que não vale a pena tentar novamente, pois o esforço será em vão.
O que fazer então?
Desistir?
Fugir?
Mas fugir mais? A vida já não tem sido uma fuga?
No seu coração você pensa em lutar, mas não sabe de onde irá tirar forças. Como crer quando tudo ao seu redor parece dizer que tudo se acabou?
Esta é uma hora de decisão: ou você assume seu fracasso e desiste de tudo ou então ergue a cabeça e luta contra tudo e contra todos a fim de mudar o rumo da vida. Para isso, tem que tirar os olhos do chão e olhar para Deus, permitindo que Ele o carregue em Seus braços, lhe dê Sua força e o anime a caminhar, não desistindo dos seus sonhos.
Quando faz isso, você descobre que não está sozinho, pois muitos que já trilharam o mesmo caminho estão ao seu redor, apenas esperando uma oportunidade para lhe estender a mão e ajudá-lo a se firmar. Assim, com a força de Deus e o apoio dos que viveram e venceram o fracasso, você conseguirá caminhar e verá que a alegria da vitória é incomparavelmente maior do que as dores do fracasso e da derrota.