quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Amor às instituições.

O ser humano, com o passar do tempo, vem perdendo a noção da realidade. Quanto mais “evolui”, mais longe fica do ideal de amar ao próximo, de lutar por ele e de ser útil na sociedade.
Por não conseguir amar, cria instituições, através das quais pensa em fazer o bem ao próximo, mas acaba se afastando ainda mais dele, amando e servindo a instituição e não às pessoas a quem ela deveria servir.
As instituições podem ser políticas, religiosas, filosóficas ou de ação social. Não importa. Nascem com uma visão altruísta, mas, como passar do tempo, tornam-se egoístas e maldosas. O que nasce com o objetivo de servir ao próximo acaba se transformando em “sacramento”, ou seja, algo tem que ser servido ao invés de servir.
O amor às instituições faz com que as pessoas fiquem cegas e não consigam ver os erros e exageros cometidos por elas ou pelos que fazem parte delas. Idealiza-se a instituição como “única portadora da verdade”, atacando e lutando contra tudo e todos que tentam mostrar sua fraqueza.
Assim, o ideal de ter uma instituição para ajudar as pessoas é deixado de lado, e o que se busca é a manutenção da instituição, nem que, para isso, tenha que passar por cima as pessoas e suas necessidades.
O amor às instituições provocou a morte de milhões de pessoas durante a história.
Jesus foi morto por se colocar contra os “religiosos” dos seus dias, que não permitiam que ninguém se levantasse contra o judaísmo, por mais que os líderes não seguissem seus preceitos por amor.
O Império Romano matava todos que tentassem mudar alguma coisa em sua estrutura, pois Roma tinha que ser preservada e não as pessoas que faziam parte dela.
As cruzadas foram uma das formas achadas para se preservar a instituição Católica, matando os que se levantavam contra ela.
Na Irlanda, “cristãos” protestantes e católicos lutam por décadas em nome de suas instituições.
E no Brasil, nos dias atuais, igrejas lutam umas contra as outras, difamando e criticando os outros para tentar provar que são as melhores.
Em todas essas situações e tantas outras que se repetem todos os dias em todas as partes do mundo, as pessoas deixam de ser alvo do amor, para serem usadas e manipuladas pelas instituições. E quando não tem mais utilidade ou não estão dispostas a continuar servindo a instituição, são descartadas como se não tivessem nenhum valor.
Instituições foram criadas para servir e não para serem servidas. Se ela não sabe servir, não serve para nada mais do que se transformar num ídolo pagão, que exige as vidas dos que o servem para satisfazer seus desejos de poder.
As pessoas têm que entender que as instituições passam. Nenhum império é eterno. E os que sobrevivem, muitas vezes o fazem por não respeitar os ideais pelos quais lutavam quando foram criados.
Ame as pessoas.
Sirva as pessoas.
E se faz parte de uma instituição, use-a para o bem do próximo ao invés de usar o próximo em favor dela, pois instituições só são úteis se estão a serviço do próximo.
Nunca se esqueça: Deus ama as pessoas e não as instituições.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A vida

A vida mais uma vez se renova. E neste dia, quando completo mais um ano, comecei a refletir sobre o que vivi.
Vivi momentos maravilhosos ao lado de pessoas especiais, que me ensinaram a amar, a sorrir, a perdoar e a ajudar os outros.
Vivi dias que gostaria que não tivessem acabado. Conheci pessoas que passaram a fazer parte de minha existência, como se fossem parte de mim, pessoas das quais sinto saudades, que é a maior prova de que um dia fui feliz.
Mas também vivi dias dos quais gostaria de me esquecer. Conheci pessoas que não mereceram minha atenção e meu cuidado por elas. Conheci a dor, a angústia, o sofrimento e o desprezo humano.
Mas isso tudo me ajudou a ver que a vida é mais do que bons momentos e que os dias de dor fortaleceram minha personalidade e ajudaram a descobrir a força que há dentro de mim.
Vivi e vivo feliz, pois sei que Deus me deu pessoas especiais, que me amam e se preocupam comigo.
Obrigado por fazer parte deste grupo especial a quem chamo de amigos.

ESTRANHO ESTE NEGÓCIO DE SER PAI.

Quando o filho nasce, muitas vezes a mãe não entende o que ele faz. Se cuida do filho, reclama que se esqueceu dela. Se não cuida, reclama que é descuidado. Se chega em casa e vai primeiro beijar o filho, é um insensível que não a valoriza por cuidar o dia todo do filho. Se vai primeiro até ela, não é um bom pai.
Quando o filho cresce um pouco, ela quer que ele dê as broncas no filho. Mas se dá broncas, é porque é um bruto que está sempre de mau humor. Quando fica muito tempo trabalhando é criticado pela ausência. Se fica em casa é preguiçoso.
Então, ser pai é ruim?
De forma alguma. Apesar de todas as contradições, ser pai é ter a bênção de participar do desenvolvimento do filho, mesmo que seja incompreendido.
Agradeço a Deus pelo meu pai, por tudo que me ensinou e fez por mim.
E agradeço pela minha filha, que me deu a honra de ser pai, vivendo dia a dia os dilemas e desafios desta missão tão nobre.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Compromisso

Quando Deus nos escolheu, Ele não o fez porque nós fôssemos melhor que ninguém. Ele nos escolheu por amor. Ao nos escolher, Ele nos capacitou com os dons e talentos a fim de trabalharmos para que Seu reino cresça em um mundo dominado pelo mal.
A prioridade do cristão deve ser o reino de Deus (Mateus 6:33). Mas as pessoas têm se esquecido disso e vivido apenas para satisfazer seus próprios interesses pessoais, ocupando-se a maior parte do tempo com coisas passageiras. Ocupam-se tanto com as coisas pessoais que pouco ou nada dedicam de tempo para as coisas de Deus, por estarem cansadas.
Há pessoas que só buscam a Deus quando estão passando por crises. Então oram, jejum, participam de campanhas de oração, até que seus problemas sejam solucionados. Mas depois voltam para a mesma rotina de se ocupar apenas com suas próprias coisas. Vêem a Deus como Alguém que tem que estar disponível o tempo todo, mas para quem pouco ou nada fazem.
Jesus disse que “onde estiver o nosso tesouro ai estará o nosso coração”.
Então eu pergunto: qual é o seu tesouro? Em que você tem ocupado seu coração?
O inimigo é tão sagaz que tenta fazer com que a pessoa ocupe todo seu tempo com seus próprios problemas, tirando sua atenção das coisas de Deus. São crises materiais, financeiras, de saúde e tantas outras coisas mais, tudo ligado aos desejos e sentimentos humanos.
Se há problemas no trabalho, a pessoa fica cansada e não vai para a igreja. Se está com problemas financeiros, deixa de contribuir com a igreja. Assim, vai deixando as coisas de Deus e se ocupando cada vez mais consigo mesmo.
Deus não é contra as pessoas trabalharem, se divertirem e se ocuparem com suas próprias coisas. Mas Ele quer que elas de dediquem mais às coisas do Reino.
A igreja faz parte do reino de Deus, mas não é o reino. O reino extrapola a igreja. Trabalhar para o reino é orar, se consagrar e servir a Deus com a própria vida. Este serviço tem como base o amor de Deus. Deus nos amou. Então, temos que amar a Deus e ao próximo, procurando levar as pessoas a conhecerem o amor do Pai.
Quem foi alvo do amor de Deus não pode ficar o tempo todo pensando apenas em si mesmo, sem fazer alguma coisa em favor do próximo.
A letra de uma antiga canção reflete bem o que Deus quer de cada um dos Seus filhos:
“Ame ao Senhor, com todo seu coração. Com toda força e razão. Com todo seu desejar.
Ame ao seu próximo, como se fosse você. Como se a dor que ele sente, fosse a que sente você.
Ame ao seu próximo, como se fosse você. Como se a dor que ele sente, doesse mais em você” (Ame ao Senhor. Guilherme Kerr).