A recompensa de Deus

“Aos que me honram, honrarei...” – I Samuel 2:30
Eric Liddell era um jovem cristão escocês, filho de missionários presbiterianos que trabalhavam na China. Era um atleta que tinha como alvo tornar-se missionário, como seus pais. Em 1924 foi escolhido para representar seu país nos Jogos Olímpicos de Paris, na prova dos 100 metros rasos, sua especialidade. Mas ele acabou chocando toda sua nação ao se recusar a competir, pelo fato de que a prova seria no Domingo, e ele, como cristão, não admitia correr no dia do Senhor. Com muito sacrifício, decidiu treinar para a prova dos 400 metros.
No dia da prova, Liddell teve que competir contra um suíço e um sueco que, naquela semana, haviam batido o recorde dos 400 metros nas semifinais da prova. Um pouco antes do início da corrida, um homem desconhecido colocou em suas mãos um pedaço de papel com as palavras: “Aos que me honram, honrarei”.
Exatamente 47,6 segundos mais tarde, a profecia do amigo desconhecido foi realizada. Eric estabeleceu o novo recorde mundial para os 400 metros e alcançou fama como o maior corredor para a distância.
O exemplo de Eric deve nos desafiar a buscarmos viver uma vida de integridade diante de Deus. Existem alguma situações em que isso é difícil, pois o que Deus nos pede exige de nós uma grande renúncia de coisas que para nós eram muito importantes. Todavia, o mais importante para qualquer cristão deve ser o desejo de servir a Deus, custe o que custar.
Deus é claro no texto de I Samuel 2:30 que “aos que me honram, honrarei, porém os que me desprezam serão desmerecidos”. Em outro texto da Palavra de Deus encontramos a advertência do Senhor de que “a minha glória, pois, não a darei a outrem...” (Isaías 42:8).
Eric Liddell foi fiel a Deus e Deus o recompensou. Seu exemplo ficou mundialmente conhecido através do filme “Carruagens de fogo”. Após aquela prova, Eric abandonou o esporte e foi para a China, onde morreu como missionário, honrando mais uma vez o nome de Deus.
O mesmo Deus espera de nós. Que você esteja pronto a honrar sempre a Deus em sua vida, na certeza de que Ele sempre honra aos que o honram.

Produzindo nos desertos da vida

Na Bíblia, o deserto está sempre associado a provações. É interessante notarmos que Deus mandou muitos de Seus servos para o deserto para que aprendessem lições importantes para suas próprias vidas e também para que fossem exemplos para nós. Isso se dá porque, em muitos momentos, a correria da vida impede a pessoa de ouvir o que Deus quer falar. É nessa hora que Ele envia as pessoas para o deserto, para que enfim entendam o que o Pai está querendo deles. Grandes servos de Deus tiveram que ir para o deserto para serem provados e se prepararem para os grandes desafios para suas vidas. Abraão atravessou o deserto até chegar a Canaã, com a promessa de que seria bênção para todas as famílias da terra. Moisés deixou o palácio do Faraó, onde fora criado com toda mordomia, para viver 40 anos no deserto do Sinai, para aprender a depender de Deus e não de si mesmo, para depois conduzir o povo de Israel por mais 40 anos pelo mesmo deserto de volta à terra prometida. Elias caminhou 40 dias pelo deserto até ter a visão de Deus e receber a missão de ungir dois reis e um profeta, que completariam o propósito de Deus de eliminar Seus inimigos. E por fim, Jesus foi para o deserto para ser tentado pelo diabo durante 40 dias antes de iniciar Seu ministério terreno.
Mas ao mesmo tempo em que o deserto é apresentado como lugar de provação, ele também é apresentado como lugar onde Deus se revela de forma maravilhosa para Seus filhos. Foi no deserto que Deus apareceu para Abraão como uma tocha de fogo, reassumindo Suas promessas e que se mostrou como Jeová Jireh, o Deus que provê o necessário para Seus filhos. Foi no deserto que Deus se revelou a Moisés no meio da sarça (um arbusto seco) que queimava e não se consumia. Foi no deserto que Deus mandou o maná todos o dia para Israel, durante 40 anos, abriu o Mar Vermelho e colocou uma nuvem sobre o povo durante o dia e uma coluna de fogo à noite. Foi no deserto que Deus se apresentou a Elias no meio de uma suave brisa, e, por fim, foi no deserto que Jesus foi servido pelos anjos, embora estivesse no meio das feras. Mas cuidado, pois enquanto Deus se revela, o diabo pode fazer com que você veja miragens, ou seja, ilusões que tem como objetivo afastá-lo do propósito de Deus para sua vida.
Ezequiel 36 fala de um rio que sai do santuário de Deus e desemboca no Mar Morto, cortando todo o deserto. No meio do caminho, o rio vai abençoando tudo o que está ao seu redor, produzindo frutos e peixes para alimentar os que vivem ali e também árvores, cujas folhas servem de remédio para curar suas feridas. No meio do caminho, existe um grande lago, chamado de Lago de Tiberíades ou Mar de Tiberíades (também chamado de Mar da Galiléia). Ele recebe as águas do rio, que tornam férteis toda a região. Ele é alimentado pelas águas do rio, mas não as guarda apenas para si. Ele produz vida ao seu redor, é abrigo para os peixes que ali se reproduzem, e volta ao seu curso normal. Depois, continuam rumo ao Mar Morto. Ali as águas param, não vão a lugar algum, tornando-se um grande lago salgado, onde é impossível existir qualquer vida. Ele não cede sua água para ninguém. Guarda-a junto a si, tornando-se um grande cemitério, pois nenhum ser vivo pode beber de suas águas e nenhum peixe sobrevive à sua salinidade.
Isso nos leva a pensar que temos que procurar produzir algo de bom para os outros, mesmo que estejamos passando pelos desertos da vida. Isso pode ser feito mostrando aos outros que, embora em situação difícil, temos Deus ao nosso lado nos sustentando e guiando rumo à vitória. Caso contrário podemos não abençoar ninguém, limitando nossa vida à murmuração, tornando-nos infrutíferos como o Mar Morto.
Lembre-se de que, se Deus permitiu que você passe pelo Deserto é porque Ele está ao seu lado, querendo que você dependa d’Ele e viva para Ele, abençoando a todos os que passarem pelo seu caminho, pois muitos deles não têm o privilégio que você tem de conhecer um Deus de amor, que nunca deixa Seus filhos desamparados e que faz de Seus filhos, mananciais de bênçãos em meio aos desertos da vida. Por isso, produza para Deus, mesmo que seja no deserto, pois, com certeza, você logo chegará à Terra Prometida, onde nada falta aos que confiam e dependem de Deus.

Que é o homem?

O ser humano é um ser inteligente, racional, capaz de escolher seus caminhos, desenvolver suas habilidades, mas tem usado sua criatividade para sua própria destruição. É um ser forte, que desenvolve máquinas capazes de superar seus limites, mas cai prostrado diante da dor, da decepção e da derrota.
O homem é um ser completo, com uma capacidade de raciocínio inigualável entre os seres vivos, mas sucumbe diante dos perigos que o ameaçam como uma criança que tem medo de escuro. Busca a fama, o dinheiro e o sucesso, mas quando consegue tudo isso percebe que continua vazio, sem paz e sem segurança. Julga-se infalível e invencível, mas erra nas coisas mais simples, foge de inimigos que só existem nas suas fantasias e, por fim, é vencido pela morte que tanto teme.
Homem: ser inteligente e ao mesmo tempo medíocre; forte, mas facilmente vencido; completo, mas inseguro. Julga-se senhor de si mesmo, mas vive mendigando o amor e o carinho do próximo. Esconde suas lágrimas, mas não pode fingir a tristeza que domina seu coração e que insiste em se mostrar através de seus olhos.
Homem, capaz de amar e odiar ao mesmo tempo, de abençoar e de amaldiçoar, de rir e de chorar. Tem que reconhecer que é limitado quando não consegue conquistar o que deseja, quando perde alguém importante, quando vê o próximo chegar onde ele não conseguiu.
Homem, quer ser independente, mas não consegue viver sem a ajuda de Deus, mesmo que O negue. E Deus, conhecendo-o como ninguém, capacita-o, a partir do momento em que ele se entrega, tornado-o capaz de superar seus limites e conquistar novos ideais. Sem Deus nada mais é do que alguém sem esperança, sem luz e sem direção. Mas ao receber o amor de Deus torna-se mais do que vencedor.

Quem pode ajudá-lo sempre.

Não há ninguém que ame tanto a você como Aquele que deu a Sua vida em seu favor.
Ninguém se preocupa tanto com você como Aquele que está sempre de braços abertos para recebe-lo e tomá-lo sob Seus cuidados.
Não há quem possa ajudá-lo mais do que Aquele que está 24 horas por dia pronto a ouvir seu clamor e dar o melhor.
Olhe para Ele, pois Ele está sempre olhando para você.
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Crises e esperanças

Toda crise surge para destruir a esperança, os sonhos e ambições das pessoas. Elas atraem a atenção de tal forma que quem as enfrenta não consegue ver nada do que está ao seu redor e acaba consumindo suas forças e energias, lutando de todas as formas para superar a crise que insiste em tirar a paz de seu coração.
Mas todas as crises tem escondidas dentro delas algo que, quando descoberto, ajudará quem a enfrenta a superá-las. É o lado bom da crise, que, quando descoberto, eliminará o lado ruim que insistia em dizer que seria vencedor.
Diante da crise, muitos desistem de lutar e se entregam totalmente, tornando-se alvos fáceis e frágeis. Para esses, a crise é o fim. Mas quando a pessoa tem fé e consegue erguer sua cabeça e olhar para a crise de frente, ela consegue lutar para alcançar o que espera, começa a renovar suas forças e passa a lutar contra aquilo que parecia ser invencível. Nesta hora, a pessoa vê a tristeza dar lugar à alegria e o medo dá lugar à coragem de lutar contra tudo e contra todos que se levantam contra ele.
Assim, a esperança se renova e a pessoa passa a confiar não mais em si mesma e em seus próprios recursos, mas sim em um Deus que pode todas as coisas e que capacita Seus filhos para a vitória.
A crise é ruim, mas pode ser também uma grande oportunidade de crescimento e de conquistas de novos ideais. Por isso, quando enfrentar uma crise, erga os olhos a Deus procure descobrir qual é o objetivo pelo qual está passando por tudo isso, a fim de fazer da crise uma grande oportunidade para a vitória.

O reencontro

Circunstâncias da vida fazem com que os caminhos de dois amigos se distanciem.
A correria do dia a dia faz com que não consigam se falar com tanta freqüência.
Os e-mails e telefonemas diminuem, e os encontros são cada vez mais escassos.
Novos amigos surgem, pessoas passam pelas vidas de ambos. Algumas boas, outras nem tanto. Algumas deixam boas marcas e outras deixam feridas que demoram a cicatrizar.
Mas há um espaço que ninguém pode ocupar nos corações dos dois, pois ninguém pode preencher o espaço ocupado por um verdadeiro amigo.
Os anos se passam, os tempos mudam. E, de repente, por acaso, os dois se encontram novamente.
Por acaso?
Não. Não existe acaso para os amigos. É a providência de Deus que os leva a se reencontrarem para continuarem sua caminhada.
O reencontro trás saudades e esperanças. Saudades porque vão falar de pessoas queridas que já partiram, de tempos que não voltam mais. Mas trás também a esperança de que a vida lhes reserva novas experiências, desafios e vitórias.
Como é bom reencontrar um amigo!
Quando você reencontrar alguém especial, louve a Deus por isso e aproveite cada momento junto a ele, pois, se houver uma nova distância, ela será encurtada pela gratidão e pelo amor guardados no coração, que fazem de um amigo alguém mais chegado que um irmão.

Esperar...até quando?

“Porque estás abatida, oh minha alma? Porque te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a Ele, meu Auxílio e Deus meu” – Salmo 42:5

Não é fácil esperar por algo que se deseja. Ainda mais quando os fatos contrários parecem querer destruir a esperança, afirmando que nossos sonhos nunca vão se concretizar.
As derrotas, as desilusões e os contratempos da vida tentam o tempo todo fazer com que desistamos de esperar por aquilo que tanto ansiamos. Nesta hora, o medo da derrota, da dor, a insegurança quanto ao futuro, a frustração por não ter lutado tanto e não ter chegado ao objetivo levam muitas pessoas a desistirem de tudo, inclusive da fé. Isso porque aceitam a derrota como o ponto final. Não conseguem entender que muitas vitórias foram conquistadas às custas de lágrimas, dores e frustrações.
Mas então, como saber se é hora de desistir ou de continuar lutando? Devo esperar? Até quando?
Ninguém deve desistir da conquista enquanto houver em seu coração um pouco de paz. A paz interior é sinal de que a vitória ainda pode chegar, mesmo que pareça demorada. Além disso, é preciso confiar que existe um Deus que quer ajudá-lo a superar as barreiras do pessimismo, da indiferença e do medo para continuar caminhando em frente, usando os obstáculos como alavancas para se chegar cada vez mais longe.
Pode ser que você não esteja vendo nada à sua frente que o leve a acreditar que a vitória virá. Mas não desista. Lute de forma honesta e sincera consigo mesmo, com fé no coração e você vai ver o quando Deus pode fazer por você. E se ver que Deus não quer lhe dar o que espera, aquiete-se e espere, pois Ele pode usar a aparente derrota de hoje como fonte de grandes bênçãos em um futuro bem próximo.