sábado, 1 de março de 2008

Aprendendo nos desertos da vida

Há períodos na vida em que as pessoas são levadas para o deserto. São momentos de solidão total, quando a pessoa se vê completamente frágil e exposta a grandes perigos. O deserto é ruim, pois quem entra nele tem que aprender muitas coisas antes de sair.
Uma dessas coisas é que no deserto a correria não ajuda nada. Pelo contrário, correr no deserto leva a pessoa a se cansar ainda mais e a se afastar da saída. Há de se ter paciência para aprender o que o deserto ensina ou então tem que se ficar mais tempo nele.
A paciência ensina outra lição importante: aprender a visualizar os sinais que estão ao redor. A correria do dia a dia impede a pessoa de ouvir algumas vozes e ver algumas coisas fundamentais para a existência e que ficam esquecidas devido à pressa e o acúmulo de ocupações. Quando se vai para o deserto é possível parar para pensar novamente em tudo o que se deixou de lado.
Surge então outro aprendizado: no deserto a pessoa aprende a rever seus conceitos de vida, suas prioridades e seus valores. Ela passa a ver que gastou muito tempo com coisas sem valor, deixando de lado aquilo que era realmente importante. Descobre que perdeu pessoas maravilhosas por não entender que as críticas recebidas eram para seu bem.
Ao aprender tudo isso a pessoa tem que agir. E este agir tem que ser diferente do anterior, movido por bons valores e conceitos. Nesta hora a pessoa passa a ver terras férteis, rios e lagos, pássaros, animais e pessoas que a ajudaram a renovar a esperança de que a vida será melhor. Mas se não quiser colocar em prática as lições que aprendeu, viverá a vida toda sendo iludido pelas miragens dos desertos da vida.

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