O que aprendemos no deserto?

Que a areia é um solo sem firmeza. Não se pode andar nela sem se prestar atenção aos perigos que ela esconde. Cada passo pode significar a queda e a derrota. Não há como andar depressa na areia. Isso significa que tem que se ter paciência para caminhar no deserto.
Que o sol é escaldante. Ele representa as pressões que sofremos o dia todo quando estamos enfrentando o deserto, para nos moldar e nos levar para baixo das asas do Pai.
Que o frio da noite é insuportável. Ele representa a solidão que quem está no deserto enfrenta, a fim de aprender a valorizar o calor humano que desprezou muitas vezes da família, dos amigos e do próprio Deus.
Que a falta de água destrói as esperanças. Isso significa a angustia que abate o coração de quem passa pelo deserto, que tenta saciar suas necessidades de paz, mas não consegue alívio.
Que a falta de direção leva as pessoas a acreditarem nas miragens. No deserto não se pode correr na direção do que se vê, pois o oásis pode ser apenas uma ilusão que nos leva para mais longe da saída. Quem quer sair do deserto não pode aceitar as ilusões do diabo, mas sim, tem que esperar a direção de Deus.
Que o deserto não é tão deserto como se pensa. Há muitos predadores prontos a atacar a pessoa para roubar-lhe a vida. O diabo espreita o tempo todo quem está no deserto, esperando um momento de vacilo para conseguir seus intentos de acabar com a pessoa.
Mas, o mais importante a se aprender no deserto, é que não estamos sozinhos nele. Deus caminha conosco no deserto, pronto a dar segurança aos nossos passos, a aliviar o calor dando-nos Sua proteção, aconchegando-nos nos momentos de solidão, aliviando a angustia e dando paz ao nosso coração, dando direção e nos livrando do mal. Assim, se você está no deserto, tem duas opções: olhar para ele como um lugar ruim ou como um lugar de aprendizado da parte de Deus. Desta decisão depende o sucesso ou o fracasso de sua vida.