segunda-feira, 25 de maio de 2009

A espera

Quando enfrentamos lutas, é comum sentirmos um vazio no coração, como que tudo que fosse importante estivesse sendo roubado de. A voz que vem do coração grita: “Até quando Deus ficará calado e não virá me socorrer”?
Humanamente, não há resposta, afinal, quem sofre quer se ver livre do sofrimento. Mas por que esperar tanto?
Esperar é muito difícil.
A espera destrói as forças, corrói a esperança e rouba a paz. Mas ela é necessária. Infelizmente.
A espera nos força a olharmos para dentro de nós, a fim de conhecermos nossa estrutura. Se nossa aparência é diferente do interior, isso tem que ser mostrado, pois somente quando nos vemos como somos e não como nos mostramos aos outros é que estaremos prontos para vencer.
A espera nos leva a olharmos para trás, para vermos onde o mal teve permissão para nos perturbar. Pequenos gestos e palavras podem ter sido a porta aberta para que nos deixássemos minar pelo ódio, o rancor e o ressentimento. Tentamos negar com a boca, mas o coração grita com todas as forças. O mal praticado contra nós ainda fere e dilacera nossa alma. Ele fica adormecido e basta uma lembrança para que ele desperte como um leão, pronto a devorar nossa força e alegria. Para derrotar este leão só há um remédio: o perdão.
Perdoar é mais difícil que esperar. Mas a espera pode estar sendo prolongada pela falta do perdão. Não achamos justo perdoar quem nos fez mal. Mas com isso permitimos que ele continue vivo e com amplos poderes para ferir. Quando perdoamos, o leão é morto e podemos olhar para a vida com outros olhos, não mais o da dor, mas sim o da esperança.
A espera nos leva a olharmos para frente. Não há como chegar a lugar algum quando você não sabe aonde quer ir.
Se você quer a vitória, tem que ir ao seu encontro. Tem que ter coragem de afirmar que a vida não acabou, por mais que tenha tentado matá-la dentro de você.
Quando se aprende isso sobre a espera é possível começar a crer que Deus está no controle de tudo e que Ele sabe o tempo certo de agir em seu favor.

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